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LuxSalus.blogspot.com/Terapia da Escrita V

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COMO PARTICIPAR:

Observe o número que antecede a situação; se julgar que o seu problema é semelhante, indique o número e relate-o detalhadamente no e_mail, se possível e se esse for o seu desejo.

Se você quiser desenvolver seu personagem, também é possivel, mas é necessário que você nos informe e posteriormente acompanhe o desenvolver e a estrutura da estória.

Endereço de e_mail a utilizar:

luxsalus@gmail.com

REGISTROS

Terapia da Escrita - Era Uma Vez... (Continuação)

XXII

Em sua casa, Carla responde e passa alguns e_mails; está chateada, pois não consegue entender por que (389) Augusto não ligou mais para ela: - puxa, parecia ser um cara tão legal... por quê será que não me ligou? Me amarrei naquele cara! Ninguém me fez me sentir tão bem e feliz como ele... será que ele está esperando que eu ligue para ele? Será que ligo? Quer saber, (390) não tenho nada a perder mesmo...
Carla liga para Augusto e quem atende é uma mulher: - Alô! Pois não!
Carla estranha e pensa consigo: - Será que liguei errado ou esse cara realmente é um galinha...
Por favor, esse é o celular do Augusto?
- É sim! Aqui quem fala é a irmã dele...
- Aqui é uma amiga dele, a Carla; eu poderia falar com ele?
Um breve silencio e então a voz triste da irmã de Augusto se faz ouvir: (391) - Então você não sabe ainda...
- Não sei o quê?
- O Augusto esta morto! Foi assassinado alguns dias atrás...
- Que é isso? Que brincadeira mais estúpida é essa? Me deixa falar com ele por favor!
- Não é brincadeira, não Carla; antes fosse! Eu sou Paula, irmã de Augusto; (392) sinto muito que você esteja recebendo esta noticia por telefone, mas tudo isso é uma triste realidade...
- Mas Paula, como aconteceu isso? Que pesadelo, meu Deus...
- Não sei, nem a polícia sabe... Olhe, eu moro aqui na nossa fazenda, mas na quinta-feira estarei aí e então se você quiser, me ligue; marcaremos um encontro e poderemos conversar.
- Está bem... eu ligarei... até!
(393) Se sentindo meio zonza pelo impacto da noticia recebida, Carla ficou sem saber o que fazer; olhando o vazio, foi como se a vida, de repente, tivesse parado; não havia sentido no que estava acontecendo. É sofrida a impotência diante de fatos que não podemos evitar.


XXIII

Em casa, absorta com os seus problemas, Nathali não faz a menor idéia do que ocorreu; com certa (394) tristeza pensava na vida e nos caminhos que acabamos por escolher, quando toca o telefone: - Alô! Pois não!
- Nathali é Eduardo! Tudo bem com você?

- Oi Eduardo... tudo bem! E com você? O que aconteceu? Naquele dia, ficou de me ligar e não deu mais notícias! O que houve?
- Muitas coisas Nathali, que eu te contarei quando nos encontrarmos, o que se for possível para você, gostaria que fosse agora, aqui no San’sBar... pode ser?

- Tudo bem, Eduardo; chego aí em meia hora!

- Estou te esperando...

Embora chateada por ter passado tantos dias sem que Eduardo desse noticias, Nathali rapidamente se ajeitou e foi ao San’sBar.

Em pé, próximo a uma das janelas, Eduardo tomava um refrigerante, alheio ao movimento que existia ao seu redor: - Oi, Edu! Tudo bem?
Se virando rapidamente, Eduardo sorriu e respondeu: - Nathali! Que bom te ver! Me desculpe não ter dado notícias, mas coisas importantes aconteceram comigo e... deixa prá lá; já te conto; me diga primeiro: como você está? Tem passado bem? Sem dar tempo para que Nathali respondesse, abraçou-a fortemente e murmurou em seu ouvido: - Que saudades!

Então, olhando-a nos olhos, falou: - Me perdoe, por favor! Sei que não mereço, mas me de a oportunidade de explicar tudo antes de brigar comigo...

(395) - Não se preocupe Eduardo, tenho certeza que há justificativas para o teu procedimento; vamos conversar; me conte o que aconteceu.

- Nathali, naquela tarde após te deixar, fui para o aeroporto; havia recém recebido uma ligação de um grande amigo que estava retornando do exterior e me aguardava; poderia ter vindo de taxi, mas (396) precisava conversar comigo com urgência e como é uma (397) pessoa que já fez muita diferença na minha vida...
Por alguns minutos, as lembranças daquela tarde voltaram: A caminho do aeroporto Eduardo corria com seu carro, empolgado, inquieto; enquanto percorria a estrada, que naquele momento parecia interminável, lembrava de sua infância, (398) que foi um momento tão forte e ao mesmo tempo (399) tão triste em sua vida. Lembrava de como seus pais (400) prezavam e priorizavam a imagem da família que era medida por seus bens materiais e em meio a esses valores sentia falta de (401) amor e carinho da parte de seus entes queridos, que pareciam (402) esnobar tais sentimentos. Fora dura essa época de sua vida: (403) uma criança em um mundo de adultos... mas naquele momento nada importava a Eduardo, que só desejava chegar ao aeroporto de uma vez e encontrar uma das pessoas mais importante de sua vida ou talvez, verdadeiramente, (404) a única: seu grande amigo Ernesto.
Em meio ao transito pesado, Eduardo pensava : - Como a vida é engraçada, duas pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo tão próximas...

(405) Ernesto perdeu sua mãe já cedo quando nasceu, por causa de complicações no parto e foi criado por (406) seu pai, seu José, homem simples que sempre lhe mostrava que a melhor qualidade do ser humano é ser humilde.

Seu José era o braço direito do pai de Eduardo e assim, a amizade dos dois jovens, (407) embora as diferenças sociais, não encontrou obstáculos e (408) se desenvolveu forte.

Ernesto era, desde pequeno, (409) o ombro que amparava Eduardo quando lhe faltava o amor dos seus; o amigo que lhe estendia as mãos e o fazia esquecer suas carências, muitas vezes suprindo-as, inclusive. Portanto, Eduardo o via como um verdadeiro irmão. Quando Ernesto contava com dezesseis anos, um há mais que Eduardo, seu pai foi acometido por uma doença que o fez passar (410) seus últimos dias em um leito de hospital. Nessa ocasião, já sabendo que não havia cura para o seu mal, rogou ao pai de Eduardo que olhasse por ele, visto que não tinha mais ninguém que o fizesse. (411) Contrariado, o doutor Augusto, como era conhecido, aquiesceu, pensando consigo mesmo que, tão logo ocorresse a passagem de José, encontraria uma solução para aquela situação; (412) não lhe cabia a idéia de criar o filho de outra pessoa, principalmente de alguém que fora (413) seu empregado. Entretanto, doutor Claudio se considerava (414) um homem de palavra e com a ajuda de sua esposa, encontrou uma alternativa que em nada alteraria sua vida e a dos seus e permitiria cumprir o prometido. Assim, após todos os procedimentos necessários, mandou Ernesto para (415) um internato no exterior, onde o mesmo teria uma educação a altura de outras pessoas pertencentes à sociedade dominante. De nada resolveram os protestos de Eduardo e a contrariedade de Ernesto em relação àquela situação; poucos dias após, Ernesto já se encontrava em solo estrangeiro, onde (416) resolveu continuar vivendo após a maioridade.
Eduardo, pouco tempo após, também foi estudar na Europa e sempre que havia oportunidade visitava Ernesto.
Ao terminar seus estudos, e também devido à (417) morte prematura de seus pais em um acidente de trânsito, Eduardo retomou sua vida, desta feita já como psicólogo.
Ernesto, embora diversos convites feitos por Eduardo, optou por permanecer na Europa, onde já havia se estruturado e também porque, por aqui, além de Eduardo, nenhuma outra ligação possuía.

- Eduardo! Tudo bem? - peguntava Nathali, momentaneamente esquecida por Eduardo que relembrava o ocorrido: - Desculpe Nathali! Deixe-me continuar: - esse meu amigo, o Ernesto, me surpreendeu pois jamais esperaria que voltasse ao nosso país! Mas ele voltou, e desta vez, porque (418) necessitava da minha ajuda... Ao chegar ao aeroporto quase não o reconheci; Ernesto emagreceu muito, está calvo, enfim, com ( 419) a saúde extremamente debilitada... Nos dirigimos a um pequeno jardim do aeroporto, onde havia um pouco mais de tranqüilidade e conversamos por horas! Foram (420) momentos dolorosos, em que Ernesto me confidenciou que está (421) muito doente; (422) é soropositivo... portador do vírus da Aids...
Com os olhos molhados, Eduardo continuou sua narrativa: (423) - fiquei estarrecido ao ouvir aquela revelação; não tive palavras... parece que o chão sumiu debaixo dos meus pés!
(424) Nem ao saber da morte dos meus pais, tive emoções tão fortes! Ele é meu amigo! Meu grande e querido amigo que por muitos anos me sustentou emocionalmente e, naquele momento em que ele me contava aquilo, não consegui pronunciar (425) uma só palavra, de ajuda, consolo ou o que quer que fosse... foi muito triste e frustrante... imensamente frustrante!
Percebendo que Eduardo estava se deprimindo, Nathali cortou a narrativa e perguntou: - Mas como isso aconteceu com ele, Eduardo?
(426) - Ele me disse que se apaixonou por uma mulher casada e que começou a se relacionar com ela, primeiramente e por pouco tempo, como amigo, tendo logo iniciado um caso. (427) Meses após, ela adoeceu gravemente... foi quando constataram que ela era soropositiva. Em pouco tempo faleceu,( 428) vítima da gravidade de uma doença que atacou seus pulmões.
Ernesto fez os exames necessários e iniciou o tratamento de modo a se fortalecer; mudou seus hábitos e procurou se resguardar ao máximo; tentou levar uma vida normal, mas sua profissão que é a de musico profissional e da qual depende(429) para viver e se sentir vivo, não o ajudou muito...
Nesses últimos dias buscamos (430) tratamentos alternativos que complementassem o atual ou ainda que o substituissem, mas há muito para estudarmos para que tenhamos a segurança necessária; espero que você me entenda: (431) devo tanto ao Ernesto que, não pude e não posso abandoná-lo neste momento! Transferi para um colega, todas as consultas que estavam marcadas para mim e nos próximos meses vamos viajar por este país e se necessário por outros, na busca de soluções.
- Eu entendo Eduardo! Creio que tão cedo não nos veremos novamente, estou certa?
- Infelizmente, não tenho opções Nathali... me perdoe, por favor!
- (432) Não há o que perdoar! A cruzada de vocês não será fácil e provavelmente bastante sofrida e dolorosa... mas espero, de coração, que boas alternativas surjam! Felicidades Eduardo!
Um longo abraço encerrou aquele triste encontro.
Eduardo partiu e para Nathali, que permaneceu pensativa, restou a confirmação: um preço muito alto para uma aventura! (433) Tal como em sua vida passada, ficava ela sozinha também desta vez...

XXIV

Quinta-feira, pela manhã, Carla tomava seu desejum quando o telefone tocou: - Alô! Bom dia!
- Bom dia! Aqui quem esta falando é a Paula! Eu gostaria de falar com a Carla; ela está?

- Oi Paula! É Carla! Tudo bem?

-Tudo bem, Carla! Olha, estou chegando agora e preciso resolver alguns negócios urgentes, mas se for possível para você poderemos almoçar juntas, preferencialmente aqui no Planets Shopping

- Para mim está perfeito Paula; preciso ir mesmo ao Shopping.

- Ok ! Nos encontramos lá pelas 12:30 então!

Paula desligou o celular e dirigiu-se ao escritório de Carlos : - Bom dia! Eu gostaria de conversar com o Carlos ; ele está?
- Bom dia, Senhora! Infelizmente o seu Carlos não está. Posso ajudá-la ou é particular?

- Eu sou Paula, irmã do Augusto, que era sócio do Carlos...

- Ah, sei! Prazer em conhecê-la pessoalmente! Eu sou Edmundo; conversamos algumas vezes por telefone!

- Prazer em conhecê-lo Edmundo! Você sabe quando o Carlos estará de volta? Ou onde eu posso encontrá-lo?
- Por problemas pessoais, ele tirou alguns dias de folga, mas disse que estaria de volta esta semana, sem precisar o dia...
- Bom Edmundo, preciso muito conversar com ele e ficarei até domingo aqui na cidade; assim, se você conseguir falar com ele, diga para ele me contatar, por favor; ele tem o número do meu celular. Até logo.

- Dona Paula, por favor; (434) eu tinha alguns negócios com o seu irmão e sei que a senhora era a sócia dele em certas atividades...

- Olhando agressivamente para Edmundo, Paula perguntou: - (435) O que, exatamente você conhece a respeito dos nossos negócios, pode me dizer?
- (436) Não precisa se irritar e nem se preocupar, mas existem alguns detalhes não resolvidos que precisam ser devidamente trabalhados para não causarem danos à senhora e, na verdade, a mim mesmo!

- Muito bem, Edmundo! Me encontre as sete da noite no Blue Night! Lá poderemos conversar mais reservadamente.

- Estarei lá, dona Paula...

Paula saiu, preocupada, pensando: - (437) Que será que esse sujeito sabe? Augusto nunca me disse que tinha mais alguém fora nós dois e o Jardel... Bom! Penso nisso depois; agora vamos ver se (438) a piranhinha sabe de alguma coisa, também!
Paula dirigiu-se ao local onde havia combinado se encontrar com Carla e não demorou muito para que Carla também chegasse; após perguntar na recepção, foi levada até a mesa onde estava Paula: - Oi! Você é Paula?
- Sou! Prazer em conhecê-la Carla!

- O prazer é meu Paula... pena que seja nessas condições.

- É, assim é a vida! Fazer o que? Mas me diga, Carla, você conhecia o meu irmão há muito tempo?

- Não, Não, Paula! (439) Eu o conheci um ou dois dias antes de acontecer isso... Infelizmente muito tarde! Era um cara encantador; super gente fina...

- É! Isso lá era mesmo. Ele sempre foi um gentleman...

Ambas silenciaram por alguns minutos, como a relembrar.
- Mas me diga Paula, como aconteceu tudo isso? O que motivou tamanho absurdo?

- Como eu te disse, Carla, nem a policia descobriu ainda... (440) eles estão tratando o caso como se fosse latrocínio, mas eu não acredito nisso, não! Meu irmão nunca levava jóias ou objetos valiosos com ele e o Jardel trabalhava na intermediação da venda de obras de arte, que também nunca estavam com ele, então... (441) mas eu não vou fica sossegada enquanto não descobrir a verdade e gostaria muito de ter tua ajuda Carla!

- Não sei como poderei te ajudar Paula...

- Augusto não comentou nada contigo, (442) a respeito de algum negócio ou coisa que valha, que ele estivesse para realizar? Algo que pudesse nos dar uma pista, ainda que pequena?

- Não Paula; infelizmente nada. Nas horas que estivemos juntos, só nos curtimos, sem pensarmos ou falarmos de coisas que não dissessem respeito a nós dois! Foram momentos nossos; só nossos!

(443) Lágrimas apareceram nos olhos de Carla que se emocionou com as lembranças; Paula sentiu que ela falava a verdade e procurou amenizar o encontro trazendo à tona, lembranças alegres do período de vida de Augusto.
Após o almoço, Carla, um pouco triste, retornou para casa e Paula, decidida a elucidar o caso, foi para casa de Augusto ver se encontrava algo que lhe trouxesse uma pista sobre o ocorrido.
Augusto não tinha por hábito, utilizar agenda, o que dificultava bastante a investigação, (444) mas Paula estava determinada e continuou sua busca que durou algumas horas, mas não permitiu que pistas significativas fossem encontradas,tendo ela sido obrigada a parar devido ao encontro marcado com Edmundo.
Ao chegar no local combinado, Edmundo já a esperava: - Oi, Paula! Pensei que não viesse mais...
- Dona Paula para você, Edmundo... mas vamos ao que interessa; me aguarde só um pouco.
(445) Paula dirigiu-se ao bar e conversou rapidamente com o barman; virou-se em direção a Edmundo e o chamou e então se dirigiram a uma sala privada, onde poderiam conversar mais tranquilamente.
- Então Edmundo, (446) quais negócios não foram concluidos que podem nos trazer danos? Mas antes, qual foi sua participação em toda essa história?
- (447) Bom, tudo começou a alguns anos atrás, quando peguei o Augusto botando a mão na massa. (448) Naquela ocasião eu estava em sérias dificuldades e precisava de dinheiro para pagar algumas dívidas. Como o Augusto ficou receoso que eu o delatasse para o Carlos , me ofereceu uma parte do que havia pego e me propôs (449) sociedade no desvio; eu aceitei e começamos, de modo muito cuidadoso a desviar algumas peças menos significativas, que segundo me disse Augusto, eram entregues (450) a você que as vendia. Ocorre que, as ultimas peças desviadas ainda não foram entregues a você e também não pode ser devolvidas; como eu não tenho receptadores e (451) gostaria de continuar no negócio, minha saída é você... Então? O que me diz?
- (452) Eu não te conheço Edmundo e também não sei se você está falando a verdade!
- Eu tenho como te provar! O Augusto tinha um monte de documentos quardados em um local secreto que agora só eu sei onde é; entre esses documentos estão alguns que comprovam minha ligação com os negócios de vocês! Está disposta a ver?
- Sim! Com certeza! (453) Mas qual é o preço?
- Como eu te disse Paula, somente me interessa continuar no negócio; continua disposta?
- Ok! Se você me provar que esta falando a verdade, continuamos o negócio e a tua comissão será de 35 porcento...
- Nada feito Paula! Meio a meio ou tem negócio.
- (454) Uhmmm! Ok! Me leve até onde estão esses documentos.
- Pegamos o seu carro e vamos até o apartamento de Augusto...
- Apartamento do Augusto? Mas lá não tem nada! Passei a tarde inteira revirando aquele lugar e não achei nada!
- (455) Como te falei, é um local secreto que agora só eu conheço.
- Muito bem, Edmundo! Vamos para lá então.
Ao chegarem no apartamento, Edmundo se dirigiu à pequena biblioteca e afastando alguns livros, abriu uma pequena porta na parede que estava devidamente camuflada e dali pegou um maço de documentos e os entregou a Paula.
Paula pegou os documentos e calmamente começou a lê-los. Ao terminar, olhou para Edmundo e falou: - Certo Edmundo! O que eu precisava está aqui também! (456) Vamos manter a sociedade conforme te falei! Mas não pise na bola comigo!
Edmundo se aproximou de Paula e olhando-a nos olhos falou baixinho: - (457) Pode confiar! Eu e seu irmão eramos como irmãos também; nesta sala fizemos grandes festas! Eu, ele e um monte de mulheres! Vou sentir falta da compainha daquele cara.
Paula deu um sorriso e levantou-se do sofá: - Certo Edmundo, temos uma sociedade então. (458) Dividiremos tudo meio-a-meio!
Edmundo, com um sorriso zombeteiro aproximou-se de Paula e perguntou: - (459) Tudo mesmo?
Paula ligou-se no duplo sentido do que havia disto e pensativa mediu Edmundo dos pés à cabeça e então respondeu: - (460) Porque não? Ando muito tensa; estou precisando transar um pouco e você, além de ser meu sócio agora, é bem elegante, charmoso... me atrai um pouco... vamos unir o útil ao agradável para ver que bicho vai dar...



A CONTINUAR